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Rafa Responde: Meu mercado é engessado demais. Devo me diferenciar? E como?

Conheça a Diferenciação Orgânico-Estratégica!

Nessa edição, em 5 minutos: novo formato → Rafa Responde: sobre encontrar o seu próprio jeito de fazer as coisas.

As pessoas não se lembram de quem faz melhor.
Elas se lembram de quem faz diferente. 

Ricardo Jordão

Essa semana, recebi uma pergunta de uma aluna do Flecha e resolvi respondê-la por aqui, pois sei que essa é uma questão que pega muita gente! Daí, aproveito pra inaugurar um formatinho aqui na newsla, que já fazia sucesso lá no YouTube, como VamoQueVamo Responde, quem lembra?

Aqui, por hora, chamaremos de Rafa Responde! 😃 

Palavras dela:

“Estou fazendo o Flecha, ao mesmo tempo, desafiador, um mix de sentimentos, e que tá, junto com muita terapia (kkkkk) me auxiliando nisso de me encontrar ainda mais no meu negócio.

Tenho uma pergunta bem direta, que talvez você me entenda. Ainda que eu acredite nisso, gostaria de saber a opinião de alguém que é referência e poderia trazer uma luz.

Sou publicitária, e no nosso campo tem muito disso de utilizarmos a estratégia como algo um tanto engessado (?) - talvez seria a palavra - porém, meu coração artístico e sensível gosta de colocar esse lado em cada trabalho, ainda que entenda que publicidade não é arte, de fato.

Acha possível essa junção? Qual a sua visão sobre? Tenho uma ideia, mas gostaria de saber mais, se possível.

Eu gosto da ideia, sempre tive esse viés, mas parece errado toda vez 🫠🫠🫠🫠.” 

Então, vamos lá…

Querida aluna, antes de mais nada, é preciso lembrar que estamos, aqui, falando de #empreendedorismocriativo, cuja lógica é (ou deveria ser) diferente da dos negócios tradicionais. Enquanto o segundo precisa pasteurizar para conseguir escalar e replicar jeitos de fazer (pense McDonald’s!), o primeiro se concentra em buscar uma verticalização e aprofundamento naquilo que é criativo e diferente. Em pegar carona na identidade. Não que não seja possível escalar um negócio criativo, mas é preciso fazê-lo com cuidado, identificando o que é, de fato, essencial. Mas isso é papo para outra newsletter…

O importante aqui é lembrar que esse processo de colocar mais da nossa identidade no negócio faz bem pro negócio, mas também pra alma! ❤️ Quer dizer, pra almas sensíveis e criativas como as nossas, é quase essencial!

Falemos primeiro do negócio. Lembra disso: quanto mais engessado um mercado, mais espaço há para inovar e encontrar caminhos fora da curva. E, mais rapidamente, você será percebida como diferente. E, esse processo, que o mundo dos negócios chama de diferenciação, é essencial, especialmente em um mundo como o nosso, onde cada vez mais, a massificação reina.

Nesse sentido, se diferenciar passa a ser obrigatório, especialmente se você é boa no que faz. Passa a ser nossa responsabilidade encontrar nosso jeito de fazer as coisas para que as pessoas que buscam exatamente isso, sejam capazes de nos encontrar. Se esconder não beneficia a ninguém.  

Já pensou nisso? O quanto, no fundo, sentimos e sabemos que devemos trazer mais da nossa essência e identidade pro negócio? E eu não tô falando, necessariamente, de aparecer ou fazer vídeos mostrando o seu carão (mas pode fazer, se quiser). Tô falando de buscar aquilo que te diferencia (que chamamos na metodologia da Espaçonave de Capital Criativo). Ou o mundo da comunicação chama de Branding. Impregnar seu negócio com seus valores, traços de personalidade, sua humanidade, referências e toda essa sensibilidade e criatividade que você tem, o que também chamamos na metodologia de um #negóciosdeexpressão.

Ah, importante. Prepare-se para causar certo incômodo nos seus pares. Inovar é maravilhoso, mas tem efeitos colaterais. Um deles, é incomodar outras pessoas do seu mercado que seguem a cartilha. Mas o mais importante, ao se diferenciar, você cria uma ponte direta, mais emocional, com quem importa, sua galera. Por isso, se expressar criativamente e se diferenciar é essencial pros negócios e, especialmente, para os negócios, marcas e carreiras criativos.

Dito isso, vamos falar de vida? Sei que há muitas ciladas nesse processo de colocar mais da gente no negócio e eu mesma fui vítima disso! Confundir negócio com vida; perder limites entre um e outro; confundir nosso valor próprio com o sucesso daquilo que fazemos; receber nãos no negócio como quem recebe nãos pra si mesmo... Então, fique atenta pra não cair nelas. Mas, dito tudo isso, quando a gente abre essa via, consegue criar um negócio com o qual a gente se identifica, e pode evoluir junto, na medida que a gente também evolui como ser-humano. Um #negociovivo. Então, a gente dá espaço pra essa voz aí dentro e começa a expressá-la, ao invés de fingir que não está ouvindo.

Mas, exatamente, como fazer isso, imagino que você queira saber! Apresento-lhe o conceito que criei por trás desse rolê, que chamo de Diferenciação Orgânico-Estratégica.

Então, na prática, significa que você mergulha no seu capital criativo para identificar o que te faz diferente e, com base nisso, olha pro mercado para ocupar lacunas que ninguém tá vendo. Um ganha-ganha sem fim.

  • Ganha você que se expressa criativamente.

  • Ganha o negócio que encontra diferencial.

  • Ganha o cliente que se conecta com quem faz sentido.

  • Ganha o mercado, que passa a ser mais diverso e colorido.

E, daí, vamos pro ponto mais importante: é preciso coragem pra ir buscar aí dentro para expressar aqui fora. Mas se tem uma vozinha aí dizendo que você precisa trazer mais de si pro seu negócio, ouça! Ela sabe das coisas! Comece a puxar esse fio e veja no que dá!

Ah, e pra finalizar, uma dica de livro sobre o tema: Vaca Roxa, do Seth Godin. Um livro que vai te trazer mais argumentos sobre a importância de se diferenciar!

E ó, se você também quer passar por esse processo de planejamento criativo-estratégico, a pedida é o Flecha! Vem ver alguns dos comentários que já recebi sobre o programa, até o momento!

Espero ter ajudado!

Beijos criativos e fora da curvinha,
Rafaela Cappai

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