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Como reconhecer sua identidade criativa em 7 pequenas ações
É preciso começar a se movimentar para despertar.
Nessa edição, em 4 minutos: o que é identidade criativa e por que você deveria investir pra reconhecer e construir a sua? Além de 7 pequenas ações pra fazer exatamente isso!
“Identidade criativa é a chave para desbloquear seu potencial ilimitado como artista.”
Nessa edição (clique pra ir direto):
Nessa semana que passou, eu me senti pequena... me senti escrutinada; e avaliada; e julgada. E observada. E medida nas minhas maiores inseguranças. Me senti desimportante. Vi alguém pegar uma fita métrica (que não é a minha) e me examinar de cima embaixo. E, por alguns momentos, eu esqueci mesmo que tinha valor. E desabei!
Mas, recuperei minha sanidade e me lembrei das minhas próprias métricas. E do que é importante pra mim. E me apoiei na minha identidade e trajetória criativas para fazer a Beyoncé e estar linda e pronta pra vida, já no dia seguinte. Beijo no ombro! 💋
A minha identidade criativa me salvou. Me segurou bonito, não me deixou deixar a peteca cair! Falei desse dia aqui, ó! 👇🏽👇🏽👇🏽
E eu sei que isso não acontece apenas comigo… Sei que muitas de nós olhamos para quem somos e nos comparamos. Mergulhamos nas mídias sociais e achamos que não temos relevância. Acreditamos que não temos o suficiente. Que não fizemos o suficiente. Sentimos que não construímos nada de valor. Deixamos um comentário externo nos diminuir. Caímos na cilada da síndrome da impostora. Ignoramos a imensidão que existe dentro da gente e da nossa própria história e identidade. Esquecemos que somos seres criativos, potentes, já cheios de significância e significado e como uma história forte.
Pois, hoje, eu quero falar exatamente dela: da minha, da sua, da nossa identidade criativa! Essa, que todo mundo tem, mas nem todo mundo sabe reconhecer que tem! Essa, que está no início de tudo e deveria ser o grande alicerce de sustentação de qualquer artista, criativa, creator ou empreendedora criativa (ou ser humano!) que coloca a cabeça pra fora do buraco, pra explorar criativamente o mundo lá fora.
Mas não… como mulheres, não fomos educadas a valorizar a nossa própria identidade criativa. Nem pega bem saber o quão boa somos ou ter segurança na própria identidade e trajetória, né? Também não fomos educadas a reconhecê-la. Entramos nesse loop de querer ser igual a todo mundo, de querer se reconhecer como parte do todo (o que também é importante)… e a nossa identidade criativa vai ficando fraquinha, sem voz e sem brilho. Irreconhecível!
E é por isso que digo: autoconhecimento deveria ser matéria fundamental de qualquer escola ou metodologia de desenvolvimento de pessoas. Sem saber quem somos, nos perdemos. Nossa identidade criativa é o nosso maior poder. Minto: nosso maior poder é reconhecê-la. A mulher que conhece e valoriza a própria identidade e trajetória criativas, sabe a força que tem. E consegue reconhecer o que é unicamente seu e como usar isso pra criar coisas legais, buscar diferenciação e se destacar no seu trabalho. Sem contar na motivação pra continuar criando e explorando o mundo, a partir do próprio quadrado.
A gente até pode cair em armadilhas ocasionalmente (como a que caí)… mas volta mais rápido pro nosso centro, pois a mola da confiança criativa tá lá no fundo e nos impulsiona de volta pro auto-amor e pra auto-valorização.
“Descobrir sua identidade criativa é como encontrar o seu verdadeiro eu no meio do caos do mundo.”
Agora, vamos começar do começo… o que é exatamente essa tal de identidade criativa? Porque ela não é a sua logo ou sua identidade visual. Nem é o seu branding (caso você tenha uma marca pessoal), apesar de que o branding deveria sim nascer da sua identidade. E nem é só o seu estilo, apesar de que o seu estilo faz parte dela.
Identidade criativa é a expressão única e singular de personalidade, mensagens, valores, história, narrativas, temas, referências, paixões, visão de mundo, habilidades, estilo, talentos e perspectivas, enquanto ser criativo. É tudo aquilo que você cria, como cria, porque cria e pra quem cria. É a representação criativa da sua jornada pessoal. Uma ferramenta poderosa que te ajuda a reconhecer e valorizar sua criatividade e a colocar mais coisas legais no mundo, a partir dessa essência. A identidade criativa deveria ser a base de todo mundo que cria!
E por que é importante reconhecer a sua, você me pergunta? Toma aqui 7 razões:
Autovalorização e confiança criativa: se me reconheço, me valorizo. E acabo por construir confiança criativa, me afastando da necessidade de me comparar e julgar o meu trabalho, a partir das métricas dos outros.
Autenticidade: se me reconheço, tenho mais liberdade e autonomia pra continuar sendo quem sou, escolhendo aquilo que me identifica, fortalecendo ainda mais minha identidade.
Consistência: uma identidade criativa forte nos ajuda a repetir, dentro do nosso próprio quadrado. Por consequência, descobrir mais sobre a gente mesmo. E, eventualmente, construir coisas que se baseiam nessa essência.
Clareza para ação: se me reconheço, consigo ir para o mundo real fazer coisas acontecerem e saio do limbo do “não sei o que criar" ou “não sei que projeto começar.”
Diferenciação: uma identidade criativa distinta nos ajuda a nos destacar e a ter clareza do que é unicamente nosso, podendo investir em pontos de singularidade.
Voz e expressão: é a base forte pra construir a sua voz e expressão. O alicerce potente de onde você nasce e cresce como pessao criativa, nesse mundão.
Construção de comunidade: uma identidade criativa te ajuda a encontrar iguais, se conectando com a sua galera, sua comunidade. Quanto mais você se apoiar nela, mas vai encontrar pessoas que querem exatamente isso que você possui.
Motivação e inspiração: conhecer sua identidade criativa pode servir como uma fonte de motivação e inspiração, fornecendo uma base sólida para suas criações e ajudando-o a permanecer fiel a si, mesmo diante de desafios. Ou, até mesmo, evoluir para lugares diferentes que a própria identidade te pede.
Esse ciclo do bem funciona mais ou menos assim, ó, sendo que uma coisa está sempre alimentando a outra:
Quando a gente (re)começa a explorar a própria identidade, inicia um movimento bonito e potente de despertar criativo (mesmo que já sejamos maduros no ato de criar). E, quando vê, estamos nos expressando a partir desse dna criativo, gerando mais consistência com a nossa criatividade. O que, por sinal, gera confiança, não só na gente, como também no próprio processo! E daí, temos a força do capital criativo, que é quando usamos nossa identidade ao nosso favor, para criar coisas legais, impactar o mundo e ganhar dindin, claro.
Eu já vi esse ciclo acontecer milhares de vezes com as minhas alunas e mentoradas. E é um negócio bonito quando alguém olha pra própria identidade e se depara com uma imensidão que não é possível ignorar. E, é daí, que nasce a força para se expressar e colocar coisas no mundo! Olha só:
Mas ó, importante dizer: não espere reconhecer a sua identidade pra começar a se movimentar e criar. Isso pode virar uma grande cilada: “não sei quem sou criativamente e, portanto, não crio”. Se não crio, acabo não descobrindo quem sou.” E, mais, o ato de se reconhecer vira um eterno exercício, de onde a gente nunca sai de fato pra se expressar.
Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?
O processo de descobrir nossa identidade criativa tem a ver com fazer também, não apenas pensar. E, por isso mesmo, requer que a gente comece, onde quer que esteja. Experimentação é a palavra do jogo
.
Não importa. Vou experimentar mesmo assim…
Então, hoje, eu queria te dar subsídios para começar a fazer isso. Como reconhecer sua identidade criativa em 7 pequenas ações. Pode encarar isso como um exercício. Pegue papel e caneta, post its. Uma música gostosa, uma bebida quentinha (ou gelada, dependendo de onde estiver). E, lembre-se, quando a gente abre a caixa de pandora da criatividade, uns turbilhão de inspiração pode vir na sequência.
Responda às seguintes questões:
Volte na sua infância: tenho uma teoria de que a nossa identidade criativa começa a se construir na infância. E é lá que devemos explorar, como uma criança catando conchinhas no mar. O que te interessava? O que você gostava de fazer? O que era capaz de te absorver por horas, num fluxo de presença e curiosidade?
Se apoie nos seus valores: eles são os pilares da sua identidade e mudam muito devagarzinho, ao longo da vida. Clarear os seus valores tá dá essa força pra construir em cima de algo potente e forte. O que permanece em você, mesmo ao longo do tempo? O que é importante pra você? O que você aloriza?
Não ignore seus sonhos: seus sonhos têm muito a comunicar (inclusive aqueles que não foram realizados ainda). Eles são o tecido intangível da pessoa que você quer se tornar que, por si só, já comunica muito sobre quem você é. Se você tivesse coragem pra gritar os seus sonhos com toda a força dos seus pulmões, o que sairia? O que seus sonhos têm a dizer sobre quem você é (ou quer ser)? Liste-os.
Preste atenção nos seus desafios: eles falam de uma parte difícil, talvez, de você, mas dizem muito! São as cicatrizes da sua identidade, onde você, possivelmente, criou um wabi-sabi bonito. O que te transformou? Como isso te transformou? O que mudou em você depois disso e como isso informa a sua identidade, hoje, no presente?
Olhe pro que você desfruta: que filmes, livros, experiências, músicas, shows, exposições, séries puxam a sua curiosidade? Que teia de retalhos é construída por ela, formando você? Existem padrões? Temas favoritos?
Observe suas referências: elas são espelhos singelos da nossa própria grandeza. Algo nosso, que a gente enxerga no outro. Ou seria, algo do outro que nos ajuda a nos enxergar? Que mosaico de pessoas, projetos, ideias te inspiram? Existe um padrão?
Investigue o como: o como você faz as coisas talvez fale mais da sua identidade criativa do que o que você faz, de fato. Como você aborda os desafios que se apresentam? Como cria? Que processos fazem parte da sua maneira de explorar o mundo a sua volta? Que método é esse chamado você? Que processos criativos te movimentam?
Costumo dizer: às vezes a gente fica achando que precisa buscar referências do lado de fora, mas nossa identidade já traz um montão de coisas pra nos manter entretidos por uma vida inteira. Explorar tudo que você é, é um grande barato. Não se ignore. Explorar sua identidade criativa é a alternativa para essa sensação de desimportância que insiste em nos encontrar. E é o antítodo pra essa resistência, que impede nossa voz criativa de sair. Essa que a gente insiste em ignorar! Tem saída, mas é a pra dentro! Avante!
Psiu 1: deixa seu comentário pra mim? Me conta se te tocou, se tem alguma dúvida ou pergunta, se quer deixar alguma dica ou sugestão de aprofundamento sobre o tema pra algum colega. O melhor dessa newsletter está no potencial de troca dessa comunidade. Vem!
Espero que essa edição tenha te ajudado a se reconhecer ainda mais!
Rafaela Cappai
O que achou dessa edição? |
Imagem da capa por Karthik Srinivas.
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