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Projetos criativos têm vida própria.
Mas a gente precisa continuar se movimentando...
Nessa edição, em 3 minutos:
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Projetos criativos têm vida própria.
Como ex-aluna da Nave, você já deve ter me visto dizer (em algum momento, durante as aulas), do meu desejo de reequilibrar a minha versão artista/criativa, com a minha versão empreendedora, né? De como eu queria abrir espaço para novas experiências profissionais. E de como eu queria falar, não apenas de empreendedorismo criativo, mas de criatividade, de maneira geral.
Foram anos tentando abrir espaço para essa minha nova versão e, acredito eu, agora, estou conseguindo... Ano passado voltei ao teatro (não sei se você viu) e essa semana lanço meu primeiro curso que não fala de empreendedorismo apenas.
Posso dizer que estou voltando pra minha essência! Pra uma versão mais fluida e mais alinhada de mim mesma!
Não sei se você sabe, mas quando desenhei a minha metologia (com a qual você já teve contato), durante o meu Mestrado em Empreendedorismo Cultural e Criativo, na Goldsmiths University of London, parti do fundamento de que a essência e a identidade deveriam ser o ponto de partida do trabalho.
Me parecia essencial que a gente começasse do começo: da gente mesmo, nossas histórias, valores, habilidades, paixões e tudo aquilo que nos compõe. Quando eu via artistas e criativos que eu admirava, potentes, autênticos, inteiros, todos eles tinham uma identidade muito clara e muito forte. Afinal de contas, o que é a criação, senão um desabrochar, um derramar da gente mesmo
, não é?
Nessa época, inclusive, a metodologia era composta por apenas três pilares: IDENTIDADE, HABILIDADES e COMUNIDADE, mas a identidade já estava lá, como parte do que era importante! E no início da jornada!
O dia que entreguei minha tese de mestrado.
Porém, sendo bem honesta, eu admito que não tinha uma noção tão clara (como tenho hoje) de como esse trabalho ~ de partir da essência ou voltar pra ela ~ é importante! E, de como mergulhar na nossa identidade tem reverberações positivas, não só na nossa autoestima criativa, como em várias outras áreas do nosso trabalho, como criadoras e empreendedoras. Ou, mesmo, como mulheres e profissionais que habitam esse mundo patriarcal (falarei disso mais adiante). Tenho vivido essa sensação de realinhamento, desde que comecei a fazer esse meu recalcular de rota!
Daí, talvez você também já saiba que, quando voltei ao Brasil, testei a metologia em mais de 40 workshops presenciais, em várias cidades brasileiras e ela acabou sendo premiada pela própria Secretaria de Economia Criativa, do Ministério da Cultura, no Prêmio de Economia Criativa, em 2013. Beijo no ombro!
E, lá, no tete a tete, olho no olho com as pessoas (talvez você já era dessa época?), elas continuavam a reforçar o quanto mergulhar na própria essência era importante! O quanto esse trabalho era, não só, prazeroso, como também difícil, mas, no final das contas, revolucionário.
Um dos mais de 40 workshops que ministrei.
Nesse mesmo ano, descobri o mundo da educação digital e tomei coragem de lançar a primeira versão do Decola! (ou talvez você me conheceu por aqui?). Sentei, de novo, na mesa de trabalho e redesenhei a metodologia para que abrangesse novos conhecimentos que fui incorporando na minha própria prática… mas a identidade continuava lá, no começo, importantíssima!
Primeiríssima turma do Decola! LAB e o conteúdo programático.
A identidade passou a ser o módulo 2 do curso (lembra que vinha logo depois de uma breve introdução de contexto do módulo 1?) e, para a minha surpresa, era o que tinha o maior impacto. Eu não havia antecipado isso e ficava até um pouco incomodada quando vocês vinham me dizer que o módulo era terapêutico, transformador, que reverberava em lugares que eu não havia planejado. Eu não estava pronta pra essa conversa (hoje estou prontíssima!), mas fui me habituando a ver e a me maravilhar com as transformações que o processo proporcionava.
Durante o programa, os depoimentos começaram a chegar. E, ali, estavam os sinais: de como mergulhar na nossa própria identidade conseguia tocar a nossa autoestima criativa e nos mostrar que já somos suficientes. E que temos tudo que precisamos na gente! Era uma espécie de espelho que acabava surpreendendo as pessoas também. E elas começavam a se olhar de maneira diferente. Com mais autoamor. Sendo mais acolhedoras e afetuosas consigo mesmas e com as próprias trajetórias.
Pra chegar na minha ideia de negócio, eu mesma havia feito esse processo de resgatar a minha própria identidade. E agora, cá estou eu, refazendo os mesmos passos, olhando pra dentro e reconhecendo quem sou, hoje. Que partes de mim deixei pra trás e quais quero recuperar?
E eu realmente me surpreendi... eu não tinha a noção tão clara, quanto tenho hoje, do tamanho poder que é olhar pra isso. E como esse trabalho poderia ter esse impacto, especialmente na forma como enxergamos nossa própria história e como valorizamos nossa criatividade! Hoje, vejo com uma clareza absurda. E consigo perceber a diferença que esse processo faz, até mesmo pra quem passou meus cursos ao longo dessa década, como você.
Uma criativa que reconhece sua própria identidade sabe o poder que tem nas mãos. E valoriza a própria trajetória, usando-a como alavanca pro potencial. E ela volta, sempre que necessário, pra fonte, pra se reenergizar, se motivar e encontrar novos caminhos, especialmente em processos de mudança. Ela fala com mais assertividade sobre o que faz, consegue escolher projetos que fazem mais sentido e até mesmo reconhece quais são os seus diferenciais. E isso tem um impacto tremendo, não só na maneira como ela mesma se enxerga, como também na forma como o mundo a vê.
Pois bem. A boa notícia é que o famoso módulo 2 do Decola! cresceu, evolui e ganhou vida própria: virou um curso + mentoria a parte, aprofundando e ampliando muito o escopo daquela viagem pra dentro! Se o módulo 2 já era legal, imagina agora… E breve vou guiar algumas pessoas nessa jornada de (re)descobrir sua própria essência, assim como estou fazendo agora!
O que aprendi nesses anos todos foi que mergulhar na nossa identidade é como um portal de transformação.
Que não tem como a gente não sair diferente do outro lado, se se dedicar ao processo. E que pode ser gostoso e dolorido (lembra?), tudo ao mesmo tempo. Mas que a recompensa vem!
Enfim, pra mim, é muito louco pensar como esse trabalho que desemboca de mim só agora em 2024, nasceu há quase 10 anos. De como ele estava aqui dentro, esse tempo todo, como parte da minha identidade, fermentando e esperando o momento perfeito pra vir ao mundo. Já pensou nisso? Que coisas que tem o potencial de impactar a sua vida já não estão aí dentro de você, faz tempo? Mais um papo pro Átomo, inclusive…
Então, hoje, como minha ex-aluna, tenho 3 pedidos/convites para você!
se você vivenciou o famoso módulo 2 do Decola e tem um depoimento da sua transformação, pode me escrever contando? Estou buscando histórias de quem se transformou (pequenas ou grandes transformações), com o processo de mergulhar na própria identidade criativa!
se você já falou dos meus cursos com alguém e sente que pode indicar meu trabalho, agora é a hora e te agradeço imensamente! Tenho sofrido um “boicote” do Instagram, porque fiquei muito tempo sem postar e estou dependendo da ajuda de quem curte o que faço. É só mandar esse link aqui pra pessoa em questão ou esse aqui para postar nas suas mídias sociais. Agradeço de coração!
e, se você estiver no momento de (re)descobrir sua identidade, quem sabe a Mentoria Átomo não faz sentido pra você agora? Vem, que contarei tudo em um grupo de interesse no WhatsApp (mas super tranquilo e sem gatilhos de marketing agressivos!).
E, lembra que, se você estiver tentando abrir espaço para um novo projeto criativo, mas a vida insiste em te dizer que não, … pode ser que ele esteja apenas fermentando, ficando melhor pra quando resolver nascer! Lembra: projetos criativos têm vida própria, mas a gente precisa continuar se movimentando!
Beijos com amor e gratidão,
Rafaela Cappai
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